Depois de 8 meses de trabalho duro o curta-metragem Sem Chão ficou pronto.
Lezé procura alguém para ajudá-lo. Nessa busca, descobre que ninguém quer lhe dar ajuda, mas aprende que também não está disposto a ajudar ninguém. Uma crônica sobre amor e amizade nas relações interpessoais em uma cidade grande. Sem família, sem amor, sem paz, sem amigos, Sem Chão. Mas com uma lição a aprender e uma chance pra recomeçar.
Sábado, dia 7 de junho, foram gravadas a cenas da praça, lá na Praça da Liberdade. A produção foi espetacular. Interessante foi quando chegamos ao banco escolhido para gravação da cena. Tinha um casal de atores ensaiando lá. Fiquei observando o diálogo dos dois. Muito bem bolado. Eles tiveram a compreensão de ceder o banco pra nós. Estavam participando de uma gravação também. É bom ver a produção mineira ativa. Tivemos o apoio cultural do Jornal do Bairro que foi imprescindível para realização da gravação.
Quinta-feira, dia 22 de Maio, iniciamos a gravação do curta 'Sem Chão'. Foram gravadas as cenas internas e algumas externas. O resultado surpreendendeu todos os profissionais envolvidos na produção. A fotografia do filme está ficando bastante interessante e bela. O curta está sendo produzido pelas produtoras Meta(de) Arte e Mega filmes BH. A previsão é que o curta esteja pronto, com peças de divulgação no início de julho. Nossa expectativa aumenta a cada dia para vermos o produto final.
Um diálogo sobre arte alternativa e cultura antropológica que não tem a intenção de explicar nada. Diante de estudos sobre a teoria crítica nasceu A arte é de nóis Tudo. Uma vídeoarte produzida por pessoas leigas. Um experimento delirante que propõe um novo olhar para a arte feita numa espécie de mundo paralelo. A arte que vive nas velhas casinhas do interior, feita por pessoas que tem uma visão totalmente particular do mundo. Numa tarde de outubro. Estava disponível uma câmera VHS antiga pra filmarmos um poeta lá de Cordisburgo. Fomos a uma casa abandonada e encontramos um monte de fitas velhas mofadas. Estava eu e os três indivíduos que assinaram a produção do filme. Saímos daquela casa resolvidos a fazer uma vídeoarte. E experimentar o que daria a junção de uma fita cassete velha, que não sabíamos o que tinha nela gravado, uma câmera antiga vhs, quatro mentes das quais três, não sabiam o que era videoarte e um mundo tão perto e ao mesmo tempo tão longe da nossa realidade. Paralelo. O dia da gravação foi muito interessante. Aconteceram muitas coisas inesperadas e cômicas. Aquele dia o objetivo era filmar o poeta, mas, aconteceu de a experiência com a fita velha se tornar objeto de nossas atenções. A idéia de propor um diálogo sobre arte alternativa veio das aulas de Teorias da comunicação tomando como base a Teoria Crítica, especificamente os textos de Theodor Adorno e Max Horkheimer. O vídeo é uma arte difícil de engolir devida sua estética crua de desconstrução. Vale à pena prestar atenção nos detalhes e nos segredos da linguagem de vídeo, em cada fala e em cada ato dos representados. A grande característica fica na forma singela de vivenciar o momento raro retratado e na ingenuidade transparente que não é tão inocente assim.